As suas principais obras espíritas são: "O Livro dos
Espíritos", para a parte filosófica, e cuja primeira edição surgiu em 18
de Abril de 1857; "O Livro dos Médiuns", para a parte experimental e
científica (Janeiro de 1861); "O Evangelho Segundo o Espiritismo",
para a parte moral (Abril de 1864); "O Céu e o Inferno", ou "A
Justiça de Deus segundo o Espiritismo" (Agosto de 1865); “A Gênese, os
Milagres e as Predições (Janeiro de 1868); “A Revista Espírita”, jornal de
estudos psicológicos”.
Allan Kardec fundou em Paris, a 1º de Abril de 1858, a
primeira Sociedade Espírita regularmente constituída, sob o nome de
"Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas".
Casado com Amélie Gabrielle Boudet, não teve filhos.
Trabalhador infatigável desencarnou no dia 31 de março de
1869, em Paris, da maneira como sempre viveu: trabalhando. ("Obras
Póstumas", Biografia de Allan Kardec, edição IDE).
Missão de Allan Kardec - "A missão dos reformadores
está cheia de escolhos e de perigos e a tua é rude, disso te previno, porque é
o mundo inteiro que se trata de agitar e de transformar." - Espírito
Verdade (Obras Póstumas)
O AUTO-DE-FÉ - "Neste dia, nove de Outubro de mil
oitocentos e sessenta e um, às dez horas e meia da manhã, na esplanada da
cidade de Barcelona, no local onde são executados os criminosos condenados ao
derradeiro suplício e por ordem do bispo desta cidade, foram queimados
trezentos volumes e brochuras sobre Espiritismo, a saber: "O Livro dos
Espíritos, por Allan Kardec, etc." (In
Obras Póstumas, pág. 302)
ALLAN KARDEC - "Podem queimar livros, mas não se
queimam idéias; as chamas das fogueiras as superexcitam, em vez de
extingui-las. Ademais, as idéias estão no ar, e não há Pirineus bastante
elevados para detê-las; e quando é grande e generosa uma idéia, encontra
milhares de corações dispostos a almejá-la." (In Obras Póstumas).
Um dos grandes codificadores
e divugadores do espiritismo no Brasil " CHICO XAVIER".
Franciscode Paula Cândido Xavier, conhecido como Chico
Xavier. (Nasceu em Pedro Leopoldo,2 de abril de 1910 — Morreu em Uberaba, 30 de
junho de 2002), foi um médium e um dos mais importantes divulgadores do
espiritismo no Brasil. O seu nome de batismo Francisco de Paula Cândido, em
homenagem ao santo do dia de seu nascimento, foi substituído pelo nome paterno
de Francisco Cândido Xavier logo que psicografou os primeiros livros, mudança
oficializada em abril de 1966, quando chegou da sua segunda viagem aos Estados
Unidos.
Primeira infância
Nascido no seio de uma família humilde, era filho de João
Cândido Xavier, um vendedor de bilhetes de loteria, e de Maria João de Deus,
uma dona de casa católica. Segundo biógrafos, a mediunidade de Chico teria se
manifestado pela primeira vez aos quatro anos de idade, quando ele respondeu ao
pai sobre ciências, durante conversa com uma senhora sobre gravidez. Ele dizia
ver e ouvir os espíritos e conversava com eles.
Os abusos da madrinha
A mãe faleceu quando Francisco tinha apenas cinco anos de
idade. Incapaz de criá-los, o pai distribuiu os nove filhos entre a parentela.
Nos dois anos seguintes, Francisco foi criado pela madrinha e antiga amiga de
sua mãe, Rita de Cássia, que logo se mostrou uma pessoa cruel, vestindo-o de
menina e batendo-lhe diariamente, inicialmente por qualquer pretexto e, mais
tarde, sob a alegação de que o "menino tinha o diabo no corpo".
Não se contentando em açoitá-lo com uma vara de marmelo,
Rita passou a cravar-lhe garfos de cozinha no ventre, não permitindo que ele os
retirasse, o que ocasionou terríveis sofrimentos ao menino. Os únicos momentos
de paz que tinha consistiam nos diálogos com o espírito de sua mãe, com quem se
comunicava desde os cinco anos de idade . O menino viu-a após uma prece, junto
à sombra de uma bananeira no quintal da casa. Nesses contatos, o espírito da
mãe recomendava-lhe "paciência, resignação e fé em Jesus".
A madrinha ainda criava outro filho adotivo, Moacir, que
sofria de uma ferida incurável na perna. Rita decidiu seguir a simpatia de uma
benzedeira, que consistia em fazer uma criança lamber a ferida durante três
sextas-feiras em jejum, sendo a tarefa atribuída ao pequeno Francisco.
Revoltado com a imposição, Francisco conversou novamente com o espírito da mãe,
que o aconselhou a "lamber com paciência". O espírito explicou-lhe
que a simpatia "não é remédio, mas poderia aplacar a ira da
madrinha", esta sim passível de colocar em risco a sua vida. Os espíritos
se encarregariam da cura da ferida. De fato, curada a perna de Moacir, Rita de
Cássia melhorou o tratamento dado a Francisco.
A madrasta
O seu pai casou-se novamente e a nova madrasta, Cidália
Batista, exigiu a reunião dos nove filhos. Francisco tinha então sete anos de
idade. O casal teve ainda mais seis filhos. Por insistência da madrasta, o
menino foi matriculado na escola pública. Nesse período, o espírito de Maria
João parou de manifestar-se. O jovem Francisco, para ajudar nas despesas da
casa, começou a trabalhar vendendo os legumes da horta da casa.
Na escola, como na igreja, as faculdades paranormais de
Francisco continuaram a causar-lhe problemas. Durante uma aula do 4º ano
primário, afirmou ter visto um homem, que lhe ditou as composições escolares,
mas ninguém lhe deu crédito e a própria professora não se importou. Uma redação
sua ganhou menção honrosa num concurso estadual de composições escolares
comemorativas do centenário da Independência do Brasil, em 1922. Enfrentou o
ceticismo dos colegas, que o acusaram de plágio, acusação essa que sofreu
durante toda a vida. Desafiado a provar os seus dons, Francisco submeteu-se ao
desafio de improvisar uma redação (com o auxílio de um espírito) sobre um grão
de areia, tema escolhido ao acaso, o que realizou com êxito.
A madrasta Cidália pediu a Francisco que consultasse o
espírito da falecida mãe dele sobre como evitar que uma vizinha continuasse a
furtar hortaliças e esta lhe disse para torná-la responsável pelo cuidado da
horta, conselho que, posto em prática, levou ao fim dos furtos. Assustado com a
mediunidade do jovem, o seu pai cogitou em interná-lo.
O padre Scarzelli examinou-o e concluiu que seria um erro a
internação, tratando-se apenas de "fantasias de menino". Scarzelli
simplesmente aconselhou a família a restringir-lhe as leituras (tidas como
motivo para as fantasias) e a colocá-lo no trabalho. Francisco, então,
ingressou como operário em uma fábrica de tecidos, onde foi submetido à
rigorosa disciplina do trabalho fabril, que lhe deixou sequelas para o resto da
vida.
No ano de 1924, terminou o antigo curso primário e não mais
voltou a estudar. Mudou de trabalho, empregando-se como caixeiro de venda,
ainda em horários extensos. Apesar de católico devoto e das incontáveis
penitências e contrições prescritas pelo padre confessor, não parou de ter
visões e nem de conversar com espíritos.
O contato com a
doutrina espírita
Em 1927, então com dezessete anos de idade, Francisco perdeu
a madrasta Cidália e se viu diante da insanidade de uma irmã, que descobriu ser
causada por um processo de obsessão espiritual. Por orientação de um amigo,
Francisco iniciou-se no estudo do espiritismo.
No mês de maio desse mesmo ano, recebeu nova mensagem de sua
mãe, na qual lhe era recomendado o estudo das obras de Allan Kardec e o
cumprimento de seus deveres. Em junho, ajudou a fundar o Centro Espírita Luiz
Gonzaga, em um simples barracão de madeira de propriedade de seu irmão. Em
julho, por orientação dos espíritos seus mentores, iniciou-se na prática da
psicografia, escrevendo dezessete páginas. Nos quatro anos subsequentes,
aperfeiçoou essa capacidade embora, como relata em nota no livro Parnaso de
Além-Túmulo, ela somente tenha ganho maior clareza em finais de 1931.
Desse modo, pela sua mediunidade começaram a manifestar-se
diversos poetas falecidos, somente identificados a partir de 1931. Em 1928,
começou a publicar as suas primeiras mensagens psicografadas nos periódicos O
Jornal, do Rio de Janeiro, e Almanaque de Notícias, de Portugal.
As primeiras obras
Em 1931, em Pedro Leopoldo, iniciou a psicografia da obra
Parnaso de Além-Túmulo. Esse ano, que marca a "maioridade" do médium,
é o ano do encontro com seu mentor espiritual Emmanuel, "...à sombra de
uma árvore, na beira de uma represa..." (SOUTO MAIOR, 1995:31). O mentor
informa-o sobre a sua missão de psicografar uma série de trinta livros e
explica-lhe que para isso são lhe exigidas três condições: "disciplina,
disciplina e disciplina".
Severo e exigente, o mentor instruiu-o a manter-se fiel a
Jesus e a Kardec, mesmo na eventualidade de conflito com a sua orientação. Mais
tarde, o médium conheceu que Emmanuel havia sido o senador romano Publio
Lêntulus, posteriormente renascido como escravo e simpatizante do cristianismo
e que, em reencarnação posterior, teria sido o padre jesuíta Manuel da Nóbrega,
ligado à evangelização do Brasil.
Em 1932, foi publicado o Parnaso de Além-Túmulo pela
Federação Espírita Brasileira (FEB). A obra, coletânea de poesias ditadas por
espíritos de poetas brasileiros e portugueses, obteve grande repercussão junto
à imprensa e à opinião pública brasileira e causou espécie entre os literatos
brasileiros, cujas opiniões se dividiram entre o reconhecimento e a acusação de
pastiche. O impacto era aumentado ao se saber que a obra tinha sido escrita por
um "modesto escriturário" de armazém do interior de Minas Gerais, que
mal completara o primário. Conta-se que o espírito de sua mãe aconselhou-o a
não responder aos críticos.
Os direitos autorais das suas obras são concedidos à FEB.
Nesse período, inicia a sua relação com Manuel Quintão e Wantuil de Freitas.
Ainda nesse período, descobriu ser portador de uma catarata ocular, problema
que o acompanhou pelo resto da vida. Os espíritos seus mentores, Emmanuel e
Bezerra de Menezes, orientam-no para tratar-se com os recursos da medicina humana
e não contar com quaisquer privilégios dos espíritos.
Continuou com o seu emprego de escriturário e a exercer as
suas funções no Centro Espírita Luís Gonzaga, atendendo aos necessitados com
receitas, conselhos e psicografando as obras do Além. Paralelamente, iniciou
uma longa série de recusas de presentes e distinções, que perdurará por toda a
vida, como por exemplo a de Fred Figner, que lhe legou vultosa soma em
testamento, repassada pelo médium à FEB.
Com a notoriedade, prosseguiram as críticas de pessoas que
tentavam desacreditá-lo. Além dessas pessoas, Chico Xavier ainda dizia que
inimigos espirituais buscavam atingi-lo com fluidos negativos e tentações.
Souto Maior relata uma tentativa de "linchamento pelos espíritos",
bem como um episódio em que jovens nuas tentam o médium em sua banheira.
Observe-se que ambos os episódios contêm aspectos narrativos comuns à chamada
"prova", comum em histórias de santidade.
O processo da viúva de Humberto de Campos
No decorrer da década de 1930, destacaram-se ainda a
publicação dos romances atribuídos a Emmanuel e da obra Brasil, Coração do
Mundo, Pátria do Evangelho, atribuída ao espírito de Humberto de Campos, onde a
história do Brasil é interpretada de forma mítica e teológica.
Nesse período, Francisco ingressou no serviço público
federal, como auxiliar de serviço no Ministério da Agricultura. Vale salientar
que, em toda a sua carreira como funcionário público, não existe registro de
qualquer falta ao serviço.
Nosso Lar
Em 1943, vem a público uma das obras mais populares da
literatura espírita no país, o romance Nosso Lar, o mais vendido e divulgado da
extensa obra do médium, que no ano de 2010 se tornou um filme. Esse é o
primeiro de uma série de livros cuja autoria é atribuída ao espírito André
Luiz.
Nesse período, a celebridade de Chico Xavier é crescente e
cada vez mais pessoas o procuram em busca de curas e mensagens, transformando a
pequena cidade de Pedro Leopoldo em um centro informal de peregrinação. Tendo
morrido na miséria o seu antigo patrão, José Felizardo, o médium empenha-se em
arranjar-lhe um sepultamento digno, pedindo doações de casa em casa para esse
fim. De acordo com o seu biógrafo Ubiratan Machado, "...até mesmo um
mendigo cego doou-lhe toda a féria do dia". (MACHADO, 1996:53).
O caso Amauri Pena
Em 1958, o médium viu-se no centro de uma nova polêmica,
desta vez por conta das denúncias de um sobrinho, Amauri Pena, filho da irmã
curada de obsessão. O sobrinho, ele mesmo médium psicógrafo, anunciou-se pela
imprensa como falso médium, um imitador muito capaz, acusação que estendeu ao
tio. Chico Xavier defendeu-se, negando ter qualquer proximidade com o sobrinho.
Já com antecedentes de alcoolismo e com sérios remorsos pelos danos causados à
reputação do tio, Amauri foi internado num sanatório psiquiátrico em São Paulo,
onde veio a falecer.
A parceria com Waldo
Vieira
No mesmo período, Chico Xavier conheceu o jovem médico e
médium Waldo Vieira, em parceria com quem psicografou diversas obras em comum,
até à ruptura de ambos, alguns anos depois. Em 1959, estabeleceu residência em
Uberaba, onde viveu até ao fim de seus dias. Continuou a psicografar inúmeras
obras, passando a abordar os temas que marcam a década de 1960, como o sexo, as
drogas, a questão da juventude, a tecnologia, as viagens espaciais e outros.
Uberaba, por sua vez, tornou-se centro de peregrinação informal, com caravanas
a chegar diariamente, de pessoas com esperança de um contato com parentes
falecidos. Nesse período, popularizam-se os livros de "mensagens":
cartas ditadas a familiares por espíritos de pessoas comuns. Prosseguem também
as campanhas de distribuição de alimentos e roupas para os pobres da cidade.
Em 22 de maio de 1965, Chico Xavier e Waldo Vieira viajaram
para Washington, Estados Unidos, a fim de divulgar o espiritismo no exterior.
Com a ajuda de Salim Salomão Haddad, presidente do centro Christian Spirit
Center, e sua esposa Phillis, estudaram inglês e lançaram o livro Ideal
Espírita, com o nome de The World of The Spirits.
As entrevistas no
programa televisivo Pinga-Fogo
No alvorecer da década de 1970, Chico participou de
programas de televisão que alcançaram picos de audiência. Nessa década, além da
catarata e dos problemas de pulmões, passou a sofrer de angina. Passou ainda a
ajudar pessoas pobres com o dinheiro da vendagem de seus livros, tendo para
tanto criado uma fundação.
As décadas de 1980 e
1990
Em 1981, foi proposto para o Prêmio Nobel da Paz, que não
ganhou. Nesse período, a sua fama ampliou-se no exterior, com diversas de suas
obras sido vertidas em diversas línguas, assim como ganhou adaptações para
telenovelas. Ao final da década de 1990, o médium contava com mais de
quatrocentos títulos de livros psicografados. Nesse período, estimava-se em
aproximadamente cinquenta milhões os livros espíritas circulando no Brasil, dos
quais quinze milhões eram atribuídos a Chico Xavier e doze milhões a Kardec
(SANTOS, 1997:89).
No ano de 1994, o tablóide estadunidense National Examiner
publicou uma matéria em que, no título, declarava que "Fantasmas
escritores fazem romancista milionário". A matéria foi alardeada no Brasil
com destaque pela hoje extinta revista Manchete, com o título de Secretário dos
Fantasmas, onde se declarava que, segundo informava a National Examiner, o
médium brasileiro ficou milionário, havendo ganho 20 milhões de dólares como
"secretário de fantasmas".
O mesmo Presidente da FEB, em 4 de outubro daquele ano, por
ocasião do I Congresso Espírita Mundial, apresentou uma "moção de
reconhecimento e de agradecimento ao médium Francisco Cândido Xavier",
aprovada pelo Conselho Federativo Nacional da FEB, em proposta apresentada pelo
Presidente da Federação Espírita do Estado de Sergipe. No documento, as
entidades representativas do espiritismo no Brasil devotavam a sua gratidão e
respeito ao médium "pelos intensos trabalhos por ele desenvolvidos e pela
vida de exemplo, voltados ao estudo, à difusão e à prática do espiritismo, à
orientação, ao atendimento e à assistência espiritual e material aos seus
semelhantes".
Chico Xavier psicografou 451 livros, sendo 39 publicados
após a morte. Nunca admitiu ser o autor de nenhuma dessas obras. Reproduzia
apenas o que os espíritos lhe ditavam. Por esse motivo, não aceitava o dinheiro
arrecadado com a venda de seus livros. Vendeu mais de cinquenta milhões de
exemplares em português, com traduções em inglês, espanhol, japonês, esperanto,
italiano, russo, romeno, mandarim, sueco e braile. Psicografou cerca de dez mil
cartas de mortos para suas famílias. Cedeu os direitos autorais para
organizações espíritas e instituições de caridade desde o primeiro livro.
Suas obras são publicadas pelo Centro Espírita União, Casa
Editora O Clarim, Edicel, Federação Espírita Brasileira, Federação Espírita do
Estado de São Paulo, Federação Espírita do Rio Grande do Sul, Fundação Marieta
Gaio, Grupo Espírita Emmanuel s/c Editora, Comunhão Espírita Cristã, Instituto
de Difusão Espírita, Instituto de Divulgação Espírita André Luiz, Livraria
Allan Kardec Editora, Editora Pensamento e União Espírita Mineira. Mesmo não
tendo ensino completo, ele escrevia em torno de seis livros por ano, dentre
eles livros de romances, contos, filosofia, ensaios, apólogos, crônicas,
poesias etc. É o escritor mais lido da América Latina (nota: ano de 2010).
Seu primeiro livro, Parnaso de Além-Túmulo, com 256 poemas
atribuídos a poetas mortos, dentre eles os portugueses João de Deus, Antero de
Quental e Guerra Junqueiro e os brasileiros Olavo Bilac, Cruz e Sousa e Augusto
dos Anjos, foi publicado pela primeira vez em 1932. O livro gerou muita
polêmica nos círculos literários da época. O de maior tiragem foi Nosso Lar,
publicado no ano de 1944, atualmente com mais de dois milhões de cópias
vendidas , atribuído ao espírito André Luiz, sendo o primeiro volume da coleção
de dezessete obras, todas psicografadas por Chico Xavier, algumas delas em
parceria com o médico mineiro Waldo Vieira.
Uma de suas psicografias mais famosas, e que teve
repercussão mundial, foi a do caso de Goiânia em que José Divino Nunes, acusado
de matar o melhor amigo, Maurício Henriques, foi inocentado pelo juiz, que
aceitou como prova válida (entre outras que também foram apresentadas pela
defesa) um depoimento da própria vítima, já falecida, através de texto
psicografado por Chico Xavier. O caso aconteceu em outubro de 1979, na cidade
de Goiânia, Goiás. Assim, o presumido espírito de Maurício teria inocentado o
amigo dizendo que tudo não teria passado de um acidente.
Durante décadas, Chico produziu cartas psicografadas para
pais e mães que o procuravam para ter notícias de seus filhos no além. Segundo
um estudo da Associação Médico-Espírita de São Paulo, de 1990, nomes de
parentes apareciam em 93 por cento das cartas e 35 por cento delas tinham
assinaturas semelhantes às dos falecidos. Sempre havia citações que davam
impressão de familiaridade aos leitores a quem eram dirigidas,eram tidas como
legítimas pelos familiares e chegaram a ser usadas como provas em três
julgamentos.
Um dos discipulos de Chico Xavier foi JOÃO DE DEUS. João
Teixeira de Faria, popularmente conhecido como João de Deus(Carrancas, no
distrito de Cachoeira da Fumaça em 24 de julho de 1942), é um médium e também
fazendeiro brasileiro. Residente na cidade de Abadiânia, interior do estado de
Goiás, é conhecido por executar operações cirúrgicas espirituais sem a
utilização de anestesia. Fundou em 1976 a Casa de Dom Inácio de Loyola.
É frequentemente referido como suposto executante da cura de
doenças como cancro, esclerose múltipla, paralisia cerebral e diversas doenças
psíquicas. Também é frequentemente considerado,
dotado de poderes sobrenaturais, paranormais ou sensitivos, ao que
responde dizendo que os seus frutos falam por si.
Embora radicado no interior do país, atende pacientes
maioritariamente estrangeiros, nomeadamente gregos, eslovenos, canadenses,
norte-americanos, franceses, coreanos, japoneses, irlandeses entre outros do
mundo inteiro.
Através dos ensinamentos da Doutrina Espírita, tem como
objectivo a assistência física e espiritual a doentes com diversos problemas,
através de cirurgias, imposição de mãos, passes, energizações, medicamentos,
água fluidificada, música, alimentação alternativa e abrigo a pessoas que
busquem tratamentos diversos.
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